Grupo Ser Educacional publica guia para atuação em situações extremas e calamidades
Os impactos climáticos no Brasil têm se intensificado nos últimos anos, trazendo consequências significativas para o país e sua população. De 2020 até agora, o Brasil enfrentou uma série de eventos climáticos extremos que afetaram diversos setores da economia, a biodiversidade e a qualidade de vida das pessoas.
Um dos principais impactos climáticos observados no Brasil foi o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e chuvas intensas. Em 2020, o Brasil enfrentou uma das piores secas dos últimos anos, especialmente na região do Pantanal e na Amazônia. Essa seca resultou em incêndios florestais de grandes proporções, destruindo vastas áreas de vegetação e causando danos irreparáveis à fauna e flora locais.
Ao mesmo tempo, em outras regiões do país, ocorreram enchentes e deslizamentos de terra causados por chuvas intensas. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife sofreram com inundações, resultando em mortes, desabrigados e prejuízos materiais. Essas fortes ocasiões estão associados às alterações sofridas pela natureza em todo o planeta e podem se tornar mais frequentes e intensos no futuro.
Muitos estudos têm observado o aumento da constância de chuvas fortes e inundações nos últimos anos pelo país, afirma José Marengo, climatologista, meteorologista e coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Em entrevista à National Geographic Brasil, afirmou: “Principalmente nas regiões Sul e Sudeste, esses extremos de chuva são os que geram mais desastres naturais, causando mortes e outros danos, e estão diretamente ligados ao aquecimento global.”
O relatório climático mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) mostra exatamente os perigos do desequilíbrio ambiental. Emissões de dióxido de carbono, metano e outros gases de efeito estufa tornaram o planeta mais quente em 1,1°C se comparado aos tempos pré-industriais. Com 1,5°C de aquecimento, algo extremamente difícil de evitar no cenário atual, essas consequências se tornam ainda piores, e algumas estratégias de adaptação serão menos eficazes. Se nada mudar, as consequências diretas para a saúde humana serão severas e devem piorar as desigualdades sociais, diz o relatório.
O dilema de Recife
Conhecida como Veneza Brasileira, Recife tem problemas sérios devido às mudanças climáticas, sendo uma das cidades brasileiras mais atingidas. Séculos atrás, ainda no período colonial, a capital pernambucana possuía um território repleto de acidentes naturais, que foram aterrados no processo de urbanização da cidade. Hoje isso tornou-se um desafio não só pelo problema das enchentes – recorrentes em períodos de chuva – mas também devido ao aumento do nível do mar.
O professor Marcus Silva, do departamento de oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), disse em entrevista ao portal G1 à época do último relatório do IPCC que a estimativa é de que o nível do mar foi elevado entre 30 e 40 centímetros, durante o século 20, a nível global. Mas cada região é afetada diferentemente pela mudança.
“As cidades apontadas no relatório são Recife, Rio de Janeiro e Santos (SP). Aqui, temos a questão do nível da cidade em relação ao mar, já que o Recife é a cidade mais baixa do Brasil, está no nível do mar. Além disso, a cidade tem uma zona urbana muito próxima da planície estuarina. São Luís, por exemplo, é mais alta, e não deve ter tanto problema”, explicou.
Especialistas afirmam que a velocidade com que o mar avança tem aumentado exponencialmente, cada vez mais depressa. Isso não significa, no entanto, que as cidades devam ser tomadas pelas águas e deixar de existir, mas sim que vão surgir problemas cada vez maiores e mais frequentes.
Grupo Ser Educacional é parte ativa dos esforços sociais em casos calamitosos
O grupo Ser Educacional sempre teve forte atuação e envolvimento em ações humanitárias, sejam elas de
inciativa própria ou em parceria com outras empresas, instituições da sociedade civil, órgãos governamentais, dentre outros. Esta atuação é fruto da crença no poder da mobilização social como instrumento de transformação e contribuição para o enfrentamento das questões sociais, nas suas múltiplas faces, dentre elas, a assistência às populações afetadas por catástrofes, desastres e outras situações de risco social e humanitário.
Em 2022, durante os alagamentos que causaram destruição e mortes em Recife, a UNINASSAU doou mais de 5 mil quentinhas para os desabrigados. Os alimentos foram entregues diariamente para representantes da prefeitura da capital pernambucana, que os distribuíram nos abrigos que receberam a população desabrigada. O grupo Ser Educacional, mantenedor da Instituição, doou os alimentos para a produção das quentinhas. Além disso, alunos e professores de diversos cursos da instituição estiveram envolvidos no processo.
UNINASSAU Recife ajudou na crise pernambucana doando quentinhas para desabrigados
Pensando na relevância do tema para a população brasileira, o grupo Ser Educacional criou este ano o seu Guia para a Mobilização da Sociedade em Situações de Riscos e Desastres, com o objetivo de contribuir no acesso à informação, conhecimento e capacitação da comunidade acadêmica e sociedade em geral sobre o assunto, na perspectiva de transformar o seu leitor em um agente multiplicador e atuante nas ações realizadas.
O guia é importante na medida em que fornece informações para compreensão do cenário de risco
de desastres no Brasil, seus desafios e soluções possíveis. Além disso, sua publicação busca fomentar e facilitar a mobilização da sociedade e das comunidades afetadas por desastres para agir antes, durante e depois do evento, auxiliando e atuando em conjunto com o poder público e sociedade civil organizada e cobrando celeridade nas respostas que as populações afetadas precisam e merecem. Você pode acessá-lo abaixo.