04/03/24

Quase 50% dos membros da geração Z enfrentam ansiedade financeira, diz pesquisa

Um estudo recente feito pela Deloitte oferece insights abrangentes sobre a experiência da geração Z (nascida entre 1996 e 2010) e dos millennials (nascidos entre 1980 e 1995), especialmente no que diz respeito à sua precária situação financeira num mundo cada vez mais oneroso. A acentuada ascensão da inflação impacta a todos, mas os trabalhadores mais jovens, em particular, encontram-se especialmente suscetíveis à ansiedade financeira.

Quando indagados sobre suas principais inquietações, 29% da geração Z apontaram o custo de vida – abrangendo moradia, transporte, contas domésticas e despesas com alimentação – como sua principal preocupação. Apenas um quarto deles afirma ter a capacidade de cobrir com conforto as despesas mensais, enquanto quase metade (46%) reporta viver de acordo com as possibilidades financeiras de cada mês.

As perspectivas para o futuro também se mostram desafiadoras, com mais de um quarto da geração Z (26%) expressando falta de confiança em sua capacidade de se aposentar. Além disso, 72% percebem um aumento na disparidade entre as classes sociais em seu país, e apenas 28% acreditam na melhoria da economia nos próximos 12 meses. A confiança nas empresas como agentes positivos na sociedade também está em declínio, com apenas 45% da geração Z concordando que as empresas têm impacto positivo. A pesquisa destaca que este é o quinto ano consecutivo de queda nesse percentual.

Adicionando à perspectiva desafiadora, a dívida de empréstimos estudantis, que atinge cerca de R$ 198 mil por mutuário nos Estados Unidos, contribui para a reputação da geração Z em relação a exaustão e desafios de saúde mental. Diante dessa instabilidade financeira, a pesquisa da Deloitte revela que a baixa remuneração é a principal razão para os entrevistados deixarem seus empregos nos últimos dois anos. Alguns têm se mudado para lugares mais acessíveis (15% dos que trabalham remotamente) para economizar dinheiro, e 33% afirmam que o trabalho remoto os ajudou a reduzir as despesas.

Quanto à longevidade nos empregos, 40% dos entrevistados da geração Z expressam o desejo de deixar seus empregos dentro de dois anos, com 35% dispostos a fazê-lo mesmo sem outro emprego agendado. Isso destaca uma tendência que, de certa forma, ecoa a Grande Demissão nos Estados Unidos.

Enquanto equilibram idealismo e pragmatismo, muitos trabalhadores da geração Z se tornam “pragmáticos idealistas”, fazendo escolhas entre salários mais altos e papéis que promovam mudanças no mundo. Embora questões sociais e ambientais sejam importantes, a remuneração muitas vezes assume prioridade ao escolher ou permanecer em um emprego.

Em última análise, a geração Z não é tão diferente das gerações anteriores em sua luta entre idealismo e a necessidade de sustentar suas vidas. Enquanto enfrentam desafios financeiros em uma idade jovem, eles estão se adaptando de maneiras inventivas para lidar com as despesas, refletindo uma realidade compartilhada por todas as gerações na atual tempestade econômica.

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